Hamilton foi o vencedor do GP da China. Vettel, em segundo e Webber, em terceiro, completaram o pódio. Foto: Andy Wong AP/AE

Como é bom acordar para ver uma corrida como foi o do GP da China de F1, disputado no circuito de Xangai, no último domingo. Disputas, erros, valentia, enfim, teve de tudo. Mas o principal foi a surpresa de ver que o Red Bull do alemão Sebastian Vettel não é imbatível. Não só eu como todos os seguidores da F1 ganhamos fôlego com a notícia, pois a máxima categoria do automobilismo parecia encaminhar-se para um mundial monótono. Como nos tempos em que Schumacher ganhava os mundiais na metade da temporada.

Desta vez, o show foi do inglês Lewis Hamilton. O piloto da McLaren soube encontrar o ponto certo entre agressividade, valentia e inteligência. Venceu e convenceu. Mas foi por um triz. O carro dele teve problema antes da prova e quase teve que sair dos boxes. Safou-se por segundos para logo conseguir uma das melhores vitórias da história recente da F1. “Estou muito orgulhoso. Esta vitória está entre as minhas três melhores, junto com Silverstone e Mônaco, em 2008. Existo, vivo e respiro para ganhar. Não poderia estar mais feliz”, afirmou.

O certo é que ninguém esperava. Ainda mais depois de Vettel conseguir mais uma pole no sábado com uma vantagem absurda sobre o segundo colocado. Só que McLaren decidiu pela estratégia de três paradas e Hamilton fez o resto. Soberbo e absoluto. Como também foi Mark Webber. O australiano de Red Bull saiu em 18º, sem o sistema KERS e chegou em terceiro após um fim de semana cheio de problemas mecânicos no carro.

Hamilton mostrou na China porque é considerado um dos grandes talentos da F1. Foto: Andy Wong AP/AE

Ferrari debe estar tomando nota de tudo isso para ver se aprende algo. A escuderia italiana está dando um fiasco atrás de outro. Mais uma vez errou ao escolher a estratégia de duas paradas. O espanhol Fernando Alonso largou mal e perdeu a posição para o companheiro de equipe, Felipe Massa. O brasileiro fez uma boa corrida e acabou na sexta posição. O espanhol não e ficou em sétimo. Ferrari terá agora três semanas para ver se consegue mudar a triste dinâmica dos seus carros.

O inglês Jenson Button, da McLaren, protagonizou o ponto cômico em Xangai. Entrou nos boxes na frente de Vettel e parou diante dos mecânicos de…Red Bull. Tentou consertar a besteira, mas já era tarde. Perdeu um tempo valioso que lhe custou a possibilidade de vitória. A lição do GP da China foi a certeza da importância dos pneus Pirelli nesta temporada. Quem souber economizar as borrachas com destreza, chegará na frente. Essa é a nova F1, cheia de alternativas. Pelo menos, é melhor para o espetáculo.

Classificação mundial F1 Pilotos (5 primeiros)

1 – Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) – 68 pontos
2 – Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) – 47
3 – Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) – 38
4 – Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – 37
5 – Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – 26

Classificação mundial F1 Construtores (5 primeiros)

1 – RBR-Renault: 105 pontos
2 – McLaren-Mercedes: 85
3 – Ferrari: 50
4 – Renault-Lotus: 32
5 – Mercedes: 16