O presidente do Villarreal, Fernando Roig, era a pura imagem da tristeza.

A tristeza também deixou sua marca na última rodada da Liga Espanhola 2011/12. O Villarreal se juntou ao Sporting e ao Racing na lista de clubes rebaixados para a segunda divisão do futebol espanhol do ano que vem. O drama vivido pelo Submarino Amarelo foi o mais duro. O clube dependia de si mesmo contra o Atlético de Madri para garantir a permanência. Jogava em casa e nada podia dar errado. Mas deu.

O colombiano Falcão marcou o gol do Atlético aos 43 do segundo tempo e calou o estádio El Madrigal, em Villarreal. A tragédia se confirmou com o gol de Tamudo no último minuto do campeonato, que assegurou a vitória por 1 a 0 do Rayo Vallecano sobre o Granada, em Madri. A combinação de resultados culminou no descenso de um time que encantou o planeta nos últimos anos e que se tornou conhecido como um exemplo de gestão esportiva.

Um clube de uma cidade com o mesmo nome  – de apenas 40 mil habitantes – situada na Comunidade Valenciana que aguentou mais de uma década fazendo bonito na elite da Liga das Estrelas. Foi mais longe. Há seis anos,  um pênalti perdido por Riquelme que tirou o Villarreal da final da Champions League, uma competição na qual teve presença constante nos últimos tempos, inclusive neste ano.

Apesar de tudo, o Submarino acabou torpedeado e deixou desolada a família Roig, responsável por transformar o Villarreal num bem-sucedido projeto esportivo. “Dos grandes fracassos é de onde se aprende”, afirmou após a partida o presidente do clube, Fernando Roig, cuja comovente imagem de tristeza deu a volta ao mundo. Ninguém sabe o que vai acontecer com o clube e seus craques. Muitos deles, de seleção.