O atacante inglês Wayne Rooney reclama com o árbitro paraguaio Jorge Larrionda.

Se o desenvolvimento da humanidade ao longo da sua história dependesse da FIFA provavelmente nem a roda teria sido inventada. A máxima entidade do futebol mundial volta a ser alvo de críticas por culpa de um conservadorismo absurdo, que impede há anos a utilização da tecnología para auxiliar a arbitragem nos lances mais polêmicos. O resultado disso são os erros cada vez mais ridículos proporcionados pelos colegiados de todo o planeta nesta Copa do Mundo da África do Sul.

O golaço marcado por Frank Lampard que daria o empate a Inglaterra contra a Alemanha nas oitavas-de-final foi anulado pelo juiz paraguaio Jorge Larrionda. A bola passou um metro da linha do gol, mas para Larrionda não tinha entrado. Todo o planeta viu, menos ele. No final, goleada alemã por 4 a 1. O mesmo aconteceu com o impedimento do argentino Tévez no primeiro gol da vitória por 3 a 1 contra o México. O italiano Roberto Rosetti validou o lance ao mesmo tempo que o placar eletrônico do estádio mostrava o erro grosseiro do árbitro.

A atitude da FIFA é algo difícil de entender. Evolui o jogo, a bola, as regras, as entradas se compram por internet, mas a arbitragem não muda nunca. Ao invés de usar a tecnología como um aliado preferem deixar os árbitros congelados no século XIX. Pobres. Com isso, seguimos vendo os mesmos erros que cometiam desde a primeira Copa do Mundo, em 1930.

O árbitro italiano Roberto Rosetti favoreceu claramente ao time da Argentina contra o México.

Já diz o ditado: errar é humano e persistir no erro é burrice. Por essa regra, a FIFA e os árbitros são burros. No caso dos árbitros, assusta. Eles estão concentrados há mais de um mês na África do Sul num hotel de luxo. Treinam como atletas de elite, fazem dieta – não tem nenhum gordo -, estudam todos os dias jogadas, situações e correm com a mesma eficiência de um meia alemão. E ainda assim saem prejudicados em toda esta história porque um simples torcedor pode usar a tecnología para tirar uma dúvida e ele não. A Copa do Mundo entra na sua reta final e o medo da arbitragem aumenta. Os jogos já não decidem os craques e sim os juizes. A pregunta é: até quando?