Droga marcou na única ocasião do Chelsea durante o jogo e desatou a festa em Stamford Bridge, em Londres. Foto: Kirsty Wigglesworth AP/AE

Existe um estádio na Europa onde o futebol proporciona situações surpreendentes. O nome dele: Stamford Bridge, em Londres. Principalmente se o jogo é entre os donos da casa e o FC Barcelona e vale uma vaga na final da Champions League. Na última quarta-feira, o mais recente capítulo dessa rivalidade não deixou qualquer possibilidade de uma explicação racional. Resumindo: Quem jogou foi o Barça, mas quem ganhou foi o Chelsea.

O FC Barcelona botou o rival na roda, realizou o melhor primeiro tempo de um time europeu nesta temporada e criou nada menos que 24 ocasiões de gol. Tudo isso contra uma única oportunidade do Chelsea.

Mas para quem tem um atacante como Didier Drogba, isso é mais que suficiente. “Confiamos que este resultado nos garantirá na decisão. Aprendemos a lição. Desta vez não sofremos o empate no final”, afirmou Drogba após o jogo, referindo-se ao inesquecível gol de Iniesta, em 2009.

Com a vitória por 1 a 0 sobre o Barça no primeiro ´round´ das semifinais da melhor competição de clubes do planeta, o Chelsea tem uma pequena, porém cômoda vantagem de jogar por um empate no Camp Nou, na próxima terça-feira. O time inglês se sentirá mais à vontade do que nunca para apelar outra vez à estratégia medíocre de atuar com todos os jogadores na defesa.

Em Londres, a sorte sorriu para os ingleses. Mas se tem algo que aprendi em quase nove anos cobrindo a atualidade esportiva européia é que nenhum time tem sorte duas vezes seguidas contra o Barcelona. Isso no caso que o Barça não volte a desperdiçar 24 oportunidades para marcar. Afinal, o que conta é a bola na rede. O resto é poesia.