Até o momento o retrospecto de Mano Menezes com o Brasil é lamentável. Na Copa América da Argentina, saiu pior do que chegou. Foto: Hedeson Alves/AE

A Seleção Brasileira tem uma dívida pendente com a sua história. A equipe mais lendária do planeta terá em 2014 uma segunda chance para ser campeão do mundo diante da sua torcida. O fracasso de 1950, o fatídico jogo contra o Uruguai, atravessou gerações e o fantasma daquela final segue presente na alma dos brasileiros.

O Brasil sabe que para sepultar de uma vez esse trauma histórico necessitará contar com jogadores mentalizados para essa colossal tarefa e principalmente com um técnico apto para tamanha responsabilidade…e não é o caso do atual treinador da Seleção Brasileira. Bastaram 12 jogos para que Mano Menezes transmitisse a sensação de um projeto sem futuro.

Foram oito amistosos. Contra seleções consideradas fracas, o Brasil ganhou todas (Estados Unidos, Irã, Ucrânia, Escócia e Romênia). Mas quando encontrou adversários de peso, decepcionou. Perdeu da Argentina, da França e empatou com a Holanda.

Então, vieram os primeiros jogos oficiais na Copa América 2011 e a humilhante eliminação contra o Paraguai nas quartas-de-final da competição, curiosamente na melhor partida do Brasil sob o comando de Mano Menezes. Ou seja, também é pé-frio. Os empates contra a Venezuela e o próprio Paraguai testaram os limites da paciência do torcedor brasileiro.

Mano Menezes não era o preferido de ninguém para o cargo. Caiu de pára-quedas após a recusa de outros técnicos e deixou até agora a imagen de um time sem alma, sem estrutura e sem efetividade. Como prêmio, a CBF (de onde se pode esperar qualquer coisa) confirmou a permanência do técnico.

Com isso, as perspectivas para a Copa do Mundo de 2014 são nefastas. Agora, além da preocupação de conseguir realizar um bom trabalho fora de campo, o povo brasileiro sabe que dependerá de algum milagre para ser campeão. A Seleção Brasileira nem imagina voltar a perder uma Copa diante da sua torcida. Por enquanto ainda há tempo de arrumar a situação.