Todos esperam que não tentem colocar a bandeira americana no escudo do Roma.

O futebol europeu está se globalizando cada vez mais também nos bastidores. Primeiro foram os petrodólares de árabes e rusos os que invadiram o Velho Continente com as aquisições do Chelsea, Manchester City, Racing, entre outros. Agora é a vez de um clube italiano mudar de mãos e passar a ser controlado por empresários americanos, a exemplo do ocorreu com o Liverpool.

A venda do clube italianao AS Roma a um grupo empresarial dos EUA, liderado pelo empresário Thomas Di Benedetto está quase fechada. As partes chegaram a um acordo e só falta a assinatura do contrato que será realizada em vinte dias, conforme informaram os meios de comunicação italianos na última quarta-feira.

O acordo foi alcançado após dois dias de negociações, depois que Di Benedetto aterrizasse segunda-feira na capital italiana para se reunir com os dirigentes da equipe, controlada pela familia Sensi, e com o banco Unicredit, acionista da sociedade que atualmente controla a entidade romana. O clube confirmou que já estão definidos os pontos fundamentais da operação de compra e da participação no controle da sociedade.

150 Milhões
Ambas as partes confirmaram que o preço de compra, mesmo com as mudanças de última hora, não foi modificado. No último mês de julho, o valor rondava os 150 milhões de euros (aproximadamente R$ 350 milhões), informou o diário ´Corriere dello Sport´.

Apesar de tudo, a venda de um dos mais tradicionais clubes do futebol italiano não deixou contente a torcida romana. Isso porque já foi comprovado que a venda para grupos ou empresários alheios a cultura local – e que muitas vezes não entendem nada do negócio – fazem com que as equipes percam sua identidade histórica. E isso vale muito mais que um punhado de euros.