Mourinho já não sabe o que fazer para se livrar do seu particular ´Pepsadelo´. Foto: Daniel Ochoa de Olza AP/AE

Sorte. Para alguns se trata de um encontro casual entre a capacidade e a oportunidade. No dicionário é definido como ´a maneira de decidir qualquer coisa por acaso´. Mas para o técnico do Real Madri , José Mourinho, essa palavra ganhou um novo significado depois da derrota para o Barcelona por 3 a 1, no último sábado, pela Liga Espanhola 2011/12, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri.

Para Mourinho, sorte é o que o Barça tem quando joga contra ele. Não importa que em oito jogos – desde que é treinador do Real Madri – contra o time de Pep Guardiola ele só tenha vencido um. Nem que mesmo com seu time na liderança, favorito, jogando em casa e com um gol aos 22 segundos no clássico, só tenha voltado a ver a cor da bola nos tiros de meta, laterais e faltas.

Mourinho passou das ajudas dos árbitros e das teorias da conspiração a favor do Barça à culpar a sorte do rival, como explicou na entrevista coletiva após o clássico. Agora em vez de buscar o melhor sistema tático e os jogadores mais em forma para derrotar o adversário, Mourinho obrigará os seus jogadores a levar um Trevo -de-quatro-folhas na carteira, um pouco de arruda e um pé-de-coelho.

Vale tudo para se livrar do seu particular Pepsadelo. Menos fazer auto-crítica. Dos 90 mil torcedores presentes no Santiago Bernabéu e outros milhões que assistiram pela TV, só ele viu sorte na vitória do Barça. O gol de Xavi até teve um pouquinho dela, mas agora falta Mourinho dizer que o gol do Benzema – após um presentão do goleiro do Barça – foi uma jogada de estratégia. No final, sorte mesmo teve Mourinho pois o Barça poder outra oportunidade de meter cinco. Ou mais.