O capitão Casillas levanta a Copa do Mundo conquistada na África do Sul após uma duríssima final contra a Holanda. Foto: Reproducción (Marca)
O capitão da Espanha Iker Casillas levanta a Copa do Mundo, conquistada no último domingo, na África do Sul. Foto: Reprodução (Marca)

O Polvo Oráculo profetizou e a seleção espanhola fez o resto. A Espanha venceu a Copa do Mundo da África do Sul e passou a ser o oitavo país a entrar no olimpo do futebol mundial. Um gol de Iniesta quando faltavam quatro minutos para a decisão por pênaltis premiou o estilo de jogo da Fúria e rendeu aos espanhóis o primeiro título de campeão do mundo da sua história.

A espera foi grande. Apesar de chegar ao mundial como a nº 1 do mundo, a seleção espanhola preferiu ser cautelosa. Os inúmeros fracassos anteriores não permitiam ser otimistas. Logo, a derrota na estréia diante da Suíça e muitos pensavam que tudo tinha acabado. Mas como o futebol é manhoso, resolveu dar uma segunda chance aos espanhóis e eles não desperdiçaram. Passaram às oitavas e a partir daí foram aniquilando os seus adversários sempre com o mesmo placar: 1 a 0.  E assim foi até a final contra a Holanda.

A decisão não poderia ser mais dramática. Pensava que ia ver muitos torcedores enfartando ontem, em Barcelona. A tensão com que foi disputada a decisão da Copa deixou nervoso até quem não tinha nada que ver com o assunto, como era o meu caso. A prorrogação na final do Mundial foi a transmissão mais vista na história da televisão espanhola e quando todos pensavam que o campeão sairia nos pênaltis, veio Iniesta e liquidou o assunto.

A Espanha já sabe o que é ter uma estrela de campeão do mundo na sua camisa.

Depois disso, a festa que se viu nas ruas das cidades espanholas vai ficar gravada para sempre na memória de cada um. O estilo ´tiki-taka´ – nome como os espanhóis definem a sua maneira de jogar, baseada no toque de bola incansável e na busca incessante ao gol – prevaleceu sobre todos. Principalmente diante dos holandeses que chegaram à final contando com o talento de apenas dois jogadores (Robben e Sneijder) enquanto o restante se esforçava em praticar artes marciais e anti-jogo. Uma recompensa ao futebol.

Espanha se converteu na segunda equipe – a primeira foi Brasil, 1958 – que conseguiu ganhar um título mundial fora do seu continente. A Copa do Mundo no país de Nelson Mandela ficará na memória como o mais surpreendente. O Polvo Oráculo Paul, as vuvuzelas e o beijo ao vivo que o capitão da Espanha, Iker Casillas deu na sua namorada, a bela repórter Sara Carbonero, depois do título, também. Tudo acabou bem, com o ´Waka-Waka´ da Shakira e uma magnífica cerimônia de encerramento. O maior espetáculo da Terra chegou ao fim, mas a festa seguirá no Brasil, em 2014.