O momento do ataque do Ogro Ujfalusi sobre o craque Lionel Messi. Foto: Diego Souto (MARCA)

O futebol é feito de craques e ogros. O craque todos conhecemos pela maneira especial como trata a bola, por como encanta os torcedores e pela magia que oferece ao esporte mais popular do planeta. Já o ogro também joga futebol. De outro modo, priorizando o lado destrutivo do esporte, as entradas violentas aos companheiros de profissão, o anti-jogo, enfim é o típico sujeito que a bola implora para não chegar aos pés dele. E o torcedor também…

No principal clássico da rodada do último fim de semana da Liga Espanhola, tivemos outro exemplo do que acontece quando um ogro encontra um craque dentro das quatro linhas. O Barcelona venceu o Atlético de Madrid por 2 a 1 e quebrou um jejum de três temporadas sem ganhar no estádio Vicente Calderón, em Madrid. O problema é que o brilho da vitória do Barça foi ofuscado pela dura entrada do zagueiro checo Ujfalusi sobre o argentino Lionel Messi, já nos acréscimos da partida.

Até agora, os serviços médicos do Barcelona constataram uma distensão no ligamento lateral interno do tornozelo direito e Messi estará, no mínimo, 15 dias afastado dos gramados. Ao menos foi descartada a hipótese de fratura. O triste é que agora estaremos pelo menos duas semanas sem ver o melhor jogador do mundo em ação. Em compensação, o Ogro estará lá, infelizmente. O jogador foi expulso, mas deveria ter sido preso. Ele até pediu desculpas a Messi, mas o problema é o que mal já tinha sido feito.

Assim ficou o tornozelo direito de Messi após a entrada de Ujfalusi. Foto: Reprodução GOL TV

Não é de hoje que o futebol europeu pede através dos técnicos, jogadores e torcedores pedem para que os árbitros protejam os craques, que são sempre os mais visados pelos terríveis ogros. Muitas entradas criminais acabam sem nenhuma punição e cada dia é mais normal ver nomes como Messi, Cristiano Ronaldo, Kun Agüero, entre outros, na enfermaria por culpa de alguns ´colegas´ de profissão.

Craques como os citados anteriormente aparecem nas nossas vidas a cada 10 ou 15 anos. Por outro lado, os ogros brotam aos milhares a cada semana por todos os cantos do mundo, produto também de um futebol que prioriza cada vez mais a força física e a disciplina tática.

O mais correto seria que o agressor ficasse o mesmo tempo afastado dos jogos que o agredido. Na verdade, não importa a solução que escolham, mas sim que venha de forma rápida. Senão é bem provável que já não existirão craques para protegêr-los. Uma espécie que como muitas outras da natureza, está quase extinta.