O lateral Abidal com o jornalista Lucas Duarte. Foto: LD Sport News (Lu Berleze)

O Blog LD Sport News conversou com o lateral francês do FC Barcelona Éric Abidal, 30 anos, na última quarta-feira, após a entrevista coletiva realizada pelo jogador na Cidade-Esportiva Joan Gamper, em Barcelona. O tema principal foi o decepcionante desempenho da sua seleção na Copa do Mundo da África do Sul. Abidal abordou o assunto com cautela, mas acabou revelando certos detalhes da trama que virou assunto de estado em terras francesas.

A França fez o pior papel da sua história em Copas no Continente Negro. Caiu na primeira fase, sem vencer e com uma guerra declarada contra o técnico Raymond Domenech. O treinador expulsou o atacante Anelka da concentração durante o mundial e a maioria dos jogadores se recusou a realizar um treino antes da partida mais importante do time na competição.

Segundo Abidal, as duras palavras de Anelka para Domenech não foram as mesmas que publicaram alguns jornais europeus – Alguns artigos teriam dito que ele chamou o técnico de ´sujo, filho da p***”. “O que incomodou foi que Domenech em nenhum momento pensou em desmentir essas versões, além de nunca escutar os jogadores. Não achamos justa a decisão de excluir o Anelka”, afirmou.

Abidal confirmou que não existia um bom ambiente entre os atletas e o treinador desde a Eurocopa de 2008. “Desde então o que havia era uma guerra entre ele e a imprensa e os que sofriam eram os jogadores”, disse. O jogador também confirmou que não se sentia bem para jogar a partida decisiva contra a África do Sul. “Não me sentia cômodo para aquele jogo e comentei ao treinador”.

Futuro e ´Caso Zahia´

Durante a entrevista coletiva, Abidal afirmou estar feliz por voltar aos treinos com o FC Barcelona. “Quero voltar a jogar o antes possível e ir em busca de novos títulos”. Já quando o assunto foi a proposta da Secretaria de

Éric Abidal durante a entrevista coletiva no CT do FC Barcelona. Foto: LD Sport News (Lu Berleze)

Esportes da França de não voltar a convocar os jogadores que estiveram na África do Sul, Abidal não ficou em cima do muro. “Se for um castigo para todos até aceitaria. Mas não seria justo que somente alguns fossem punidos”.

Apesar de tudo, o jogador acredita que seu futuro com a seleção francesa não terminou. “Quero voltar a jogar pelo meu país e não penso que terei a portas fechadas para um possível regresso”, declarou. Sobre o ´Caso Zahia´, um escândalo de prostituição de menores supostamente envolvendo os seus companheiros de seleção, Frank Ribéry e Karim Benzema, Abidal pediu respeito. “Os dois estão bem porque têm a consciência tranquila. É necessário respeitar a vida privada de qualquer pessoa e até que a investigação não seja finalizada ninguém pode dizer nada”.