O Barça começou a temporada 2011/12 como acabou a anterior: ganhando títulos. Foto: Manu Fernandez AP/AE

Foi um clássico diferente ao menos com respeito ao horário. Um Barça vs Real Madrid às 23h de uma quarta-feira não tem explicação. Mesmo em plenas férias do escaldante verão europeu, é uma hora que tanto a imprensa como a torcida querem que não se repita. Apesar de tudo, o Camp Nou se encontrava com seus mais de 80 mil espectadores habituais para uma partida desse calibre. Algo que contrastava com as ruas desertas de Barcelona, que no calor de agosto não fica ninguém para contar a história.

Por outro lado, foi um clássico parecido em muitos aspectos. Dois deles, psicológicos. Primeiro: o Barça levou a melhor mais uma vez sobre o maior rival. E segundo: Lionel Messi confirmou uma vez mais que além de ser o melhor do mundo, marcar gol contra o Real Madri virou uma doce rotina. Vale lembrar que Messi chegou das férias direto para o jogo de ida no Bernabéu. Lá, marcou um e foi um dos responsáveis pelo empate em 2 a 2 conseguido no território inimigo.

Já nesta quarta-feira, mesmo sem a concentração típica das grandes finais, nem a baba elástica e bovina que lhe caracterizam como gênio dentro de campo, Messi extrapolou. Marcou dois, deu uma assistência, garantiu a vitória do Barça por 3 a 2 e o primeiro título da temporada para o clube catalão, a Supercopa da Espanha 2011. O argentino é daqueles que pode estar na praia tomando um sorvete que é só você chamar e ele te resolve o problema…sem largar o sorvete, claro.

Messi celebra com Cesc Fábregas o gol do título da Supercopa da Espanha 2011. O genial argentino voltou das férias para marcar três gols contra o Real Madri. Foto:Manu Fernandez AP/AE

O destaque negativo foi novamente o comportamento do jogadores do Real Madri. O sexto clássico em 2011 entre os maiores rivais do futebol espanhol foi uma repetição dos cinco anteriores. Entradas violentas, queixas constantes ao árbitro e muita provocação. Desde a chegada de José Mourinho ao comando do clube, esses são os principais recursos da sua equipe quando joga contra o Barcelona. Patético.

Algo típico de quem se sente inferior técnicamente ao rival, mas que não consegue aceitar essa realidade (Veja a entrevista coletiva de Mourinho após a partida e como ele desconversa sobre o ato de meter o dedo no olho de Tito Vilanova, auxiliar-técnico de Pep Guardiola no FC Barcelona). Uma pena e uma vergonha para um clube com a grandeza do Real Madri, que só este ano conseguiu manchar sua imagem em diversas oportunidades. Outro espetáculo ridículo de Mourinho, um personagem que já ultrapassou todos os limites do aceitável e que já é visto com certo desprezo na Espanha. Menos no Real Madri. E isso diz muita coisa.