Ronaldinho Gaúcho conversa com jornalistas antes de dar declaração para a justiça do Paraguai.
Ronaldinho Gaúcho conversa com jornalistas antes de dar declaração para a justiça do Paraguai. / Jorge Saenz – AP/AE

Ronaldinho Gaúcho quebrou o silêncio e concedeu a primeira entrevista após quase dois meses da sua polêmica prisão no Paraguai. O ex-jogador brasileiro ainda se encontra detido em Assunção, mas agora está em prisão domiciliar ao lado do irmão Roberto de Assis em um hotel de luxo da capital paraguaia.

E foi ali que ele recebeu a equipe de reportagem do jornal ABC Color para falar principalmente sobre o problema com a justiça do Paraguai.

A entrevista do ex-craque da Seleção Brasileira e do FC Barcelona teve uma grande repercussão e suas palavras foram destaques nos principais jornais do planeta, especialmente na Europa. Veja abaixo um resumo das declarações de Ronaldinho.

A reação ao saber que tinha um passaporte falso

“Ficamos surpresos ao saber que os documentos não eram legais. Desde então nossa intenção foi a de colaborar com a justiça para esclarecer tudo. Explicamos e ajudamos com tudo o que a justiça nos pediu.

O sentimento ao saber que seria preso

“Foi um golpe duro, nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Sempre busquei chegar ao mais alto nível profissional e levar alegria para as pessoas com meu futebol”.

O que espera da justiça paraguaia

“Esperamos que possa utilizar e confirmar tudo o que dissemos com relação a nossa posição no caso e que possamos sair dessa situação o mais breve possível”.

Os motivos da visita ao Paraguai

“Tudo o que fazemos é em virtude dos contratos que são geridos pelo meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, viemos para o lançamento de um cassino online e do livro Craque da Vida, que foi organizado com a empresa do Brasil que tem os direitos do livro no Paraguai.

O respeito dos funcionários e da polícia

“Senti o calor, o carinho e o respeito de todos os paraguaios desde o primeiro dia que cheguei ao país e estou muito agradecido”.

Os dias na prisão, com futebol e autógrafos

“Todas as pessoas que tive a oportunidade de compartilhar o espaço na prisão me receberam com muita amabilidade. Jogar futebol, dar autógrafos e fotos é parte da minha vida e não tinha nenhum motivo para deixar de fazer isso. Ainda mais com pessoas que estavam vivendo um momento difícil como o meu”.

A visita do ex-jogador paraguaio Gamarra

“Já nos conhecíamos do Brasil, de jogar um contra o outro, de ter amizade e foi muito bonito recebê-lo. Ele me deu muito ânimo, muita força, é uma grande pessoa”.

A fé nos momentos difíceis

“Tenho minha fé, sempre faço minhas orações e espero que isso se acabe em breve”.

Planos para quando tudo isso termine

“A primeira coisa será dar um grande beijo na minha mãe que vive dias difíceis desde o início da pandemia. Depois será absorver o impacto que essa situação gerou e seguir em frente com fé e força”.