O novo Kaiser

Sebastian Vettel se converteu no último domingo no tricampeão mais jovem da história da F1. Um sexto lugar no GP do Brasil foi suficiente para Vettel assegurar seu terceiro título mundial. O alemão da Red Bull superou a marca do lendário Ayrton Senna. O piloto brasileiro realizou a façanha com 31 anos e 213 dias, em 1991. Já Vettel precisou de somente 25 anos e 145 dias.

Mas foi sofrido. O circuito de Interlagos, em São Paulo, reservou emoções fortes numa corrida maluca onde a chuva e alguns acidentes acrescentaram dramaticidade à conquista de Vettel. Ele chegou a estar na última posição após uma batida na largada, mas superou as adversidades (incluindo o nervosismo dos seus próprios mecânicos) e conseguiu os pontos suficientes para chegar ao título.

“Foi a corrida mais difícil da minha vida. De cara, vi todos os carros vindo na minha direção. Para piorar, perdemos a rádio e falhamos nos boxes”, comentou. Mas no final tudo acabou bem e Vettel fez questão de agradecer todos os integrantes de Red Bull. No mesmo dia que o Kaiser Michael Schumacher se aposentou pela segunda vez, o circo da F1 ficou com a sensação de que ele definitivamente deixou um sucessor.

Campeão sem título

A Espanha parou, torceu, sofreu, chorou e o espanhol Fernando Alonso quase conseguiu o milagre que tanto esperava. Durante muitos momentos do GP do Brasil chegou a ser o campeão e deu vida ao mundial até a última volta da temporada. O esforço sobrenatural do piloto da Ferrari não foi recompensado e ele acabou vice a somente três pontos de Vettel.

Apesar disso, tanto Alonso como sua equipe e torcedores se sentiram orgulhosos pelo rendimento do espanhol na que foi a sua melhor temporada. “Foi o meu melhor ano na F1 e todos estão de acordo, pilotos, ex-pilotos, equipes e imprensa internacional. Todos falaram bem do meu trabalho, algo que não aconteceu nem quando fui campeão. Estou orgulhoso do que a minha equipe fez e voltaremos a tentar”, afirmou.