O ´Messias´ segue como o nº 1

O genial argentino Lionel Messi (23 anos) foi eleito pelo segundo ano consecutivo como o melhor jogador do mundo, na gala realizada em Zurique (Suíça). Pela primeira vez na história, a FIFA e a revista France Football deram o prêmio de forma conjunta e a decisão surpreendeu grande parte da imprensa mundial. Mas o certo é que não deveria ter surpreendido ninguém. O atacante do FC Barcelona é o melhor jogador do mundo sem sombra de dúvidas e inclusive deveria ganhar uma ´Bola de ouro´ cada domingo. Não existe como comparar Messi com nenhum outro atleta do futebol atual. Se existe um prêmio para melhor do mundo, tem que ser dele. Por decreto.

O que realmente surpreende é a constante mudança nos critérios da FIFA. Além de uma boa temporada, o jogador tem que ganhar títulos para levar a ´Bola de Ouro´. Em ano de Copa do Mundo então, o título máximo da FIFA tem peso dobrado. Sempre foi assim. Menos desta vez. Pelo critério antigo, o vencedor deveria ter sido o meia Xavi, cérebro do time do Barça, melhor equipe de futebol do mundo. O prêmio coroaria um jogador fantástico, presente em todos os títulos do Barça na história recente do clube e um dos vencedores da Copa da África do Sul pela Espanha.

Em 2006, a Itália ganhou a Copa do Mundo da Alemanha e o zagueiro Cannavaro ganhou o prêmio de melhor do mundo. Alguém se lembra do Cannavaro? Um horror. Os espanhóis ficaram chateados por não ficarem com o prêmio deste ano. É fácil entender as críticas. Por isso o ideal seria definir de uma vez os critérios para essa distinção futebolística. Eu fui um dos que apostaram que Xavi seria o vencedor. Mas quando paro pra pensar que o ganhador deve ser o melhor do mundo, volto à realidade. A exemplo do que foi Di Stéfano, Pelé, Cruyff e Maradona em outras décadas, Messi não só é o melhor do mundo, mas sim o gênio que o futebol precisava. E seu reinado só está começando.