Leo Messi no Camp Nou
Leo Messi, contemplando o Camp Nou / Instagram: @LeoMessi

Vai ser difícil se acostumar em Barcelona sem Leo Messi, o melhor e maior jogador da história do Barça. E não é só futebol. O craque argentino era um guardião, um representante do povo local, uma espécie de espírito onipresente na Catalunha.

Estava em todas partes, nas conversas de botequim, nos meios de comunicação, nas propagandas… e só o fato de saber que Messi jogava no Barça e que era mais um morador de Barcelona fazia a vida na Catalunha mais feliz para todos. Mas como será agora?

Pessoalmente, vou iniciar a minha 19ª temporada no futebol europeu. Cheguei em 2003, na mesma época do Ronaldinho Gaúcho. Vi ao vivo a melhor fase do gênio brasileiro e também ele passar o bastão de melhor do mundo para Messi, que não o largou mais.

Uma transição mágica, que rendeu mais de uma década do melhor futebol já visto na história, com os melhores craques vestindo a camisa azul-grená, mas sempre com Leo Messi como o pilar principal. Só o fato dele estar na equipe gerava respeito ao clube e medo nos rivais.

O comunicado do FC Barcelona da última quinta-feira (05/08), revelando que o clube não tem condições de manter o maior jogador da sua história, caiu como uma bomba não só em Barcelona como em todo o mundo. Na Catalunha, a tristeza não tem hora para acabar.

Algo normal. Afinal, a saída de Messi do Barcelona representa o final definitivo do melhor futebol já visto. Apesar do Barça não ter há muito tempo nomes como Iniesta, Xavi, Puyol e Henry, o fato de Messi seguir sempre alimentou a esperança de que tudo poderia voltar a ser como antes.

Todos pensavam que era só encontrar as peças corretas para montar outro esquadrão inesquecível. Doce ilusão. Com o passar dos anos e muitos erros estratégicos, a situação chegou a um ponto irreversível, desta vez por culpa da atual situação econômica do clube. E dessa vez, não temos outro Messi.

Poderia passar dias escrevendo sobre Messi, seus feitos, suas conquistas pessoais e coletivas, mas seria chover no molhado. Todo mundo conhece. A preocupação é outra, a de seguir com a vida sabendo que o eterno melhor jogador do mundo já não estará por aqui.

O futuro não parece animador, apesar de que tentam nos convencer do contrário. No meu caso, me serve um pouco de consolo o fato de ter tido o privilégio de ser o único jornalista brasileiro a cobrir com todos os detalhes a carreira desse gênio no Barça, do primeiro ao último jogo. E vida que segue!

Messi e Lucas
O jornalista Lucas Duarte em um dos seus encontros com Leo Messi, na Cidade Esportiva Joan Gamper. / Facebook: @LDSportNews