A torcida do Barça montou um belo mosaico com a mensagem: "Vamos Barça" (Em catalão: Som-hi Barça).

Uma noite mais o estádio Camp Nou se vestiu de gala para receber uma partida especial do FC Barcelona. O visitante era nada menos que o maior rival do clube catalão, o Real Madri e valia uma vaga nas semifinais da Copa do Rei da Espanha 2011/12. Desso modo, 95.486 torcedores compareceram para fazer um espetáculo à parte num clássico onde não faltou futebol da melhor qualidade.

O Camp Nou só não esperava que teria que sofrer tanto. A vantagem do Barça conquistada em Madri dava a impressão que o duelo da volta seria um mero trâmite para conseguir a classificação. Mas o roteiro foi bem distinto. Com menos de um minuto de jogo, o argentino Higuaín perdeu um gol incrível para o Real Madri. Era um aviso. O estádio culé, angustiado, assistia a um inédito dominio do rival dentro de campo.

Então veio o gol de Pedro e com ele uma explosão de alegria nas arquibancadas. O Barça parecia ter por fim encontrado o futebol de sempre. Ainda mais quando nos acréscimos da primeira parte, Daniel Alves ampliou o placar com um gol antológico e o Camp Nou dançou ao ritmo do brasileiro. Era pura festa. A torcida vaiava Pepe, provocava Mourinho e apoiava a sua equipe com os cânticos tradicionais. Mas alguma coisa não ia bem.

O clube catalão voltou a mostrar a sua pior versão no segundo tempo e o Real Madri cresceu e foi para cima. Cristiano Ronaldo diminuiu o placar e trouxe o medo ao Camp Nou. Algo que se converteu em pânico após o golaço de empate de Benzema. O silêncio era ensurdecedor e a possibilidade de uma virada histórica aumentava com a proximidade do fim da partida. O Barça se segurou como pôde e após a expulsão de Sergio Ramos, o clube merengue perdeu forças…e a vaga.

O Camp Nou se livrou de um infarto e a celebração não teve o mesmo entusiasmo de outras ocasiões. Afinal, o susto foi grande. O certo foi que o melhor Real Madri não pôde com a pior versão do Barça de Guardiola, que parece ter conseguido o poder de superar por inércia o maior rival. Apesar de perder a vaga, o clube madrilenho ganhou dignidade mostrando um futebol ofensivo e não a mesquinharia de sempre. Por fim, um clássico.