Guardiola estava feliz na sua última coletiva em Barcelona como técnico culé. Foto: LD Sport News

Nunca se falou tão pouco de uma final durante a etapa do técnico Guardiola no comando do FC Barcelona. O clube catalão enfrenta o Athletic de Bilbao nesta sexta-feira na grande decisão da Copa do Rei da Espanha, no estádio Vicente Calderón, em Madri.

Apesar disso, os temas que interessaram foram outros. O ambiente no sala de imprensa do Camp Nou era de pura nostalgia entre os jornalistas presentes na última coletiva de Guardiola em Barcelona como técnico do Barça.

Algo normal entre os que conviveram com um técnico que escreveu novas páginas na história do esporte mais popular do planeta. Muitos queriam saber de assuntos passados e futuros. Eu fui um deles.

Perguntei o que ele levaria de melhor e de pior desses quatro anos repletos de conquistas, decepções, conflitos, títulos e uma enorme pressão. “De pior quase nada. Só algumas sensações estranhas com algumas pessoas, mas é algo normal dentro dessa profissão. O resto posso dizer que foi tudo positivo”, resumiu.

Guardiola também se mostrou agradecido pelo trato recebido pelos dois presidentes com os quais trabalhou durante o seu período no Barça. “Serei eternamente grato aos presidentes Laporta e Rosell por me deixarem trabalhar no clube dos meus sonhos”.

Sobre os rumores de que o seu amigo e auxiliar no Barça, Tito Vilanova, tivesse lhe ´traído´ ao aceitar o convite para ser técnico do clube, Guardiola surpreendeu. “Fui eu quem disse à ele que o clube ia fazer essa oferta. Ele não sabia de nada e eu achei uma excelente idéia”.

Mas é claro que também sobrou tempo para falar da final da Copa do Rei, o que poderia ser o 14º título conquistado por Guardiola em 17 que disputou na sua etapa culé. A maneira perfeita para encerrar um ciclo mágico. “Vejo meus jogadores muito bem preparados. Quero que dêem o máximo em campo. Será um jogo bonito, eles atacarão e nós também”, afirmou.

Guardiola se mostrou cauteloso na hora de comentar sobre o rival Athletic de Bilbao. “É uma excelente equipe, que te exige muito. Além da vontade que têm. Ainda mais  após a derrota na final da Europa League. É um time com alma e amor próprio”, declarou.

O técnico catalão terá também a oportunidade de se enfrentar ao que é considerado a sua principal referência na profissão, o argentino Marcelo Bielsa. Um duelo imperdível entre o mestre e o aluno.